quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Desemprego tecnológico

Todas as revoluções industriais acarretaram acentuado aumento da produtividade de trabalho e, em consequência, causaram desemprego tecnológico. Grandes milhões de trabalhadores perderam as suas qualificações à medida a robotização permitia obter com menores custos maiores resultados produtivos que antes exigiam a intervenção directa do Homem.

Este novo conceito de desemprego tecnológico que cria mais produtividade com menos empregadores cria calamidades sociais que não devem ser menosprezadas.

Além da substituição do trabalho humano pelo do computador, parece provável a crescente transferência de uma série de operações das mãos de funcionários que atendem o público para o próprio automatismo. Na grande maioria das tarefa rotineiras, que exigem um repertório limitado de conhecimentos e, sobretudo, nenhuma necessidade de improvisar face a novas situações o cérebro electrónico mostra-se superior ao humano, tanto em termos de eficiência quanto de custos. Mas será isto sustentável pelo actual modelo Social e económico?

Com o aumento da produtividade coloca-se a questão: será que este aumento é concomitante com o aumento do poder de compra por parte da população? Quanto mais desempregados, menor é o poder de compra e daí advém o facto de haver um menor escoamento da produtividade. Então será que fica assim tão rentável às indústrias substituir a força dos seus trabalhadores por evoluções tecnológicas?

Os aumentos de produtividade permitem baixar os preços dos produtos e isso, sem dúvida, expande o seu consumo, mas raramente tanto quanto cai o emprego de trabalho na sua confecção. Por isso, o volume total de desemprego tende a aumentar.

Este novo fenómeno a uma escala quase global irá conduzir a crises financeiras e sociais cada vez mais intensas podendo conduzir a um desmoneramento do actual modelo social.

Para minorar estas calamidades, o estado deve criar diversos seguros sociais e comprometer a sua politica e economia, o mais próximo possível do pleno emprego.

ANDRÉ LACERDA

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