domingo, 28 de novembro de 2010

ALGUMAS/ FRASES/ ALGUNS/ TEMAS/ PORÉM/ DESABAFOS

«SINTO-ME DESANIMADO»

Este estado de espírito reflecte-se em mim já há algum tempo, e isto não é bom! E não é bom porque se um jovem como eu, que se considera responsável por uma ínfima parte do futuro deste país e que tem um gosto elevadíssimo por aquilo a que se chama política se sente desanimado com o país real, então meus amigos parece-me a mim que as estruturas políticas para a juventude (JS, JSD, JCP, JP, etc..) e principalmente as garantias políticas para o futuro poderão vir a deparar-se com um grave decréscimo de filiações e de gente interessada e activa na política local, nacional ou até mundial. E a descredibilização dada pela grande maioria ao actual governo Sócrates e à insuficiência política feita por parte da oposição do PSD de Passos Coelho não ajudam em nada e correm-se sérios riscos de afastar os “futuros capazes” que deveriam entrar em cena daqui a três ou quatro gerações. Sinto-me especialmente desanimado porque toda esta situação que vivemos despertou em mim um lado com uma visão pouco social, pouco ética talvez, mas um lado que é meu e que deveria ser de todos. Toda esta situação que me desagrada, aliás, que me revolta é o centro épico para esta questão ténue que se tem manifestado à escala mundial, principalmente em França, Grécia e recentemente o Reino Unido. E isto torna-se num jogo como uma bola de neve que cresce à medida que vai descendo a montanha. Se eles perderam a ética e o respeito porque não posso perdê-la eu que sou o principal afectado?

«ISTO É CHATO, PORRA!»

Veria muitas outras frases, e às tantas bem piores, para iniciar este desabafo! No entanto acho que não pode haver nada pior do que ser chato e quando se é um «chato, porra!», então aí é sinal de que a situação pode estar realmente brava e até desumana.
Dando seguimento ao desabafo anterior, que aborda a sobrevivência da política jovem e que tem como inimigo nº1 os últimos manifestos dos vários movimentos estudantis, confesso-vos uma coisa: sinto que estou realmente farto! Farto de um governo em quem eu votei com a maior das confianças, farto de um governo que quase tudo fez pelos jovens num 1º mandato, e que de repente, retirou tudo o que tinha até então e o que lhe foi acrescido posteriormente.
Sinto-me desprotegido, sem tecto e muito mais do que isso. Sinto pela primeira vez na minha vida o verdadeiro significado de cada vez que pronuncio a palavra - pobre, mesmo sabendo que haverá muitas e muitas pessoas em pior situação! E isso assusta-me ainda mais!

- A refeição diária nas cantinas dos Serviços de Acção Social da Universidade de Coimbra (SASUC) terem subido de 2,15€ do ano cessante para 2,40€ no actual ano lectivo (2010/2011) – ISTO NÃO É CHATO?
- A propina anual ter sido aumentada em mais de 6€, atingido o valor exorbitante de 1006€ anuais - ISTO NÃO É CHATO? POIS NÃO, É VERGONHOSO!
- Os serviços académicos serem pagos! (Por exemplo, a inscrição para exames de melhoria de anos anteriores ter subido de 3 para 10€ do ano lectivo passado para o actual) - NÃO É ALGO REALMENTE CHATO?
- O facto de termos estado anos a pagar rios de dinheiro e chegarmos ao fim e ainda termos de pagar mais uma exorbitante quantia para nos ser dado um diploma que não é mais do que um papel e que é nosso por direito – ISTO NÃO É CHATO?
-O decreto 70/2010 já ter penalizado 15 mil estudantes e ter como intenção prejudicar um total de cerca de 25 mil na atribuição das bolsas de estudo - ISTO NÃO É MUITO CHATO, PORRA?

«TENHO ESPERANÇA?»

Os “futuros capazes” a quem me referia à pouco, são obviamente aqueles que não olham só para o seu próprio umbigo, aqueles que têm uma visão abrangente e que credibilizam a palavra ostensiva e verdadeira das pessoas e não dos partidos, aqueles que não sustentam os mais que famosos “tachos”, mas sim que defendem uma política ultra-partidária, aqueles que adoptam uma política que saiba sempre manter as distâncias ideológicas de cada partido (por isso existem tantos e com tantas diferenças) mas mantendo sempre uma governação baseada na gestão unitária que afinal de contas é nisso que os portugueses votam. Sim, porque não são os “55%” do PS num ano ou os “55%” do PSD passados 4 anos que contam.
 Os Portugueses fazem exactamente isso - votam - e posteriormente elegem aqueles em que mais acreditam e em quem depositam a sua confiança por acreditarem que este ou aquele partido tem pessoas com ideias de governação semelhantes às suas, e é por isso que mais de 10 milhões de portugueses elegem 230 deputados de diferentes partidos. É, portanto, imperativo que a maioria eleita para governar perceba a função dos restantes presentes e que percebam quão mais profícua poderá ser a sua governação se ouvirem as ideias de todos, saberem o que podem aprender em novas áreas criando uma mesa de discussão aberta. Mas isto não é tudo, aliás isto é o menos importante.
Neste sentido e contrariando o ditado popular, aqui penso ser mais importante saber falar do que saber ouvir. Quero com isto dizer que temos um gravíssimo problema por parte da oposição, principalmente da oposição central (PSD) que se descompromete constantemente de responsabilidades, tendo como objectivo claro a injúria ao governo e o contínuo assalto ao poder. Quando é que Passos Coelho e os restantes lideres das bancadas parlamentares (e o mesmo se aplica ao PS quando estiver do lado de cá) se vão mentalizar que a ofensa intercalar não resolve os problemas internos e externos de um país? Quando é que os mesmos lideres se vão mentalizar que se o povo votou em x para os próximos 4 anos o trabalho que têm a fazer é colaborar e dinamizar conteúdos e não afectá-los ou dissolvê-los?

Tenho esperança? Tenho claro esperança, não fosse eu Português!

Abraço,
Luís André Sá

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