quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

CHINA: AI QUE JÁ FOMOS…

A China é uma poderosa máquina, onde o seu desenvolvimento salta a olhos vistos.

Trata-se de uma impressionante potência que deveria merecer do Ocidente todo o cuidado possível e as medidas adequadas para que num futuro muito próximo não consiga, como se diz na gíria popular, “engolir” a indústria dos países ocidentais.

Não se trata apenas do comércio local que abunda por esse país fora, e pelo mundo também, que tanto tem cerceado a nossa capacidade produtiva. Trata-se também de travar o gigantismo em que a indústria chinesa se está a tornar.

Para se ter uma ideia do que se passa na vida chinesa, vou usar partes de um artigo da revista “Nacional Geografic ”:

- cria-se uma cidade em 13 meses com blocos de apartamentos ficando os pisos térreos para lojas e pequenas fábricas de componentes.

- o lema da governação da cidade de Lishui é: - cada pessoa trabalha por duas – o trabalho de dois dias é feito em apenas um.

- 140 milhões de chineses deixaram seus lares rurais para se juntarem à força urbana; calcula-se que nos próximos cinco anos esse número aumente em mais 45 milhões.

- num anúncio afixado à entrada de uma fábrica pode ler-se a seguinte oferta de emprego: 1) – com 18 a 35 anos, escolaridade média completa – 2) – boa saúde e boa qualidade – 3) – atentos à higiene, dispostos a sacrifícios e a trabalhar no duro.

- em 2002 Lishui começou a construir uma zona industrial num espaço de 14,5 Km2; em 2006 perto de 200 fábricas já produziam, tendo atraído 30 mil trabalhadores.

- em Lishui o salário mínimo ronda os 30 cêntimos por hora o que significa que em 8 horas de trabalho rende 2,40 euros e numa semana de 6 dias tem direito a salário de 14,40 euros.

- o que não falta na China é “mão-de-obra-não-qualificada”.

- um dos centros comerciais tem 30.000 lojas. Se passar 1 minuto em cada loja num espaço de 8 horas por dia, sairá de lá dois meses depois.

- Em Datang produz-se 1/3 das peúgas fabricadas no mundo; em Songxia produzem-se350 milhões de guarda-chuvas; em Shenzhou são manufacturadas 40% das gravatas de todo o mundo.

Estas são apenas algumas pequenas amostras do que se passa num país que muito em breve poderá dominar o mundo económico tal é a rapidez com que se desenvolve. Além disso, não precisam de qualificação profissional para poderem produzir em massa.

Como diz o artigo citado : “Na auto-estrada do progresso, a China ignora os limites de velocidade”

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Feliz Natal

A equipa do olhamos em Frente, deseja a todos um Feliz Natal. E com a promessa de continuar com a publicação da nossa opinião. Esperando assim estar a contribuir para um País melhor.

A

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Entrevista de Cátia Oliveira a André Lacerda



1. “Tendo em conta” que é muito jovem, quando surgiu o seu interesse pela vida Política?


Na minha opinião qualquer pessoa é um ser politico embora uns participem activamente e outros passivamente e outros nem o sabem mas são.

Acho que tudo começa na nossa educação familiar e no meio em que estamos inseridos pois apesar de não ter directa nem indirectamente familiares ligados à politica, sempre tive em casa uma forte educação no sentido de debate argumentativo sobre situações do dia-a-dia e de tomar posições e criticar os mais diversos assuntos políticos, sociais, económicos, etc.

Assim, para puder de uma forma responsável criticar os políticos sinto me moralmente obrigado a participar activamente na vida politica e dar o meu contributo.

E mais especificamente, eu provenho de um concelho do interior onde todos os dias a Câmara Municipal (há 6 mandatos com o mesmo presidente PSD) ameaça e discrimina a liberdade da população de Sernancelhe. E isso criou em mim uma vontade de melhorar a vida dos Sernancelhenses.

2. Acha que as camadas jovens, de uma forma geral, se interessam pela vida política?

De uma forma em geral, ninguém se interessa pela vida política, apesar de eu pensar que participar activamente na sociedade e na política não é um direito mas sim um dever de todo e qualquer cidadão responsável.

Actualmente, os jovens e a população em geral estão cada vez mais desacreditados com a política que se pratica no nosso país e muitas vezes com certa razão. Mas como eu já disse, quem é que pode estar desacreditado com a política se não se participa nela?

Eu acredito na juventude e acredito que a irreverência de se ser jovem faz o mundo evoluir e em Portugal há muitos mundos e mentalidades por evoluir. Por isso acredito no poder dos jovens e apelo sempre à sua participação para criarmos um mundo melhor havendo muitas formas de estes darem o seu contributo.

3. Esse desinteresse dos jovens pela vida política deve-se a que factores?

Essencialmente, acho que a política está muito mal vista. Há demasiada corrupção, jogos de interesses, mentiras, falta honestidade e verdade.

Assim as pessoas cada vez mais caminham para um sentimento de descrédito pois a situação do país e do mundo cada vez piora mais e os jovens são muitas vezes prejudicados pois existem menos apoios sociais, cada vez se paga mais pela educação (propinas), há menos apoio à inserção social e inicio de vida, mais desemprego e precariedade de trabalho. Este estado social leva a que os jovens tenham instabilidade familiar e profissional e que cada vez casem mais tarde, tenham filhos mais tarde etc.

Assim torna-se difícil acreditar na vida política e cada vez mais fácil desinteressar-se por uma actividade que só os desilude.

A entrevista continua mas é demasiado extensa para ser publicada de uma só vez e achei interessante publicar as partes que mais se adaptam ao propósito deste blog.

sábado, 11 de dezembro de 2010

Consideração

A consideração é uma espécie de reconhecimento que as pessoas têm em relação aos outros. Consideração é reconhecer.

Neste caso a falta dela, é incrível a capacidade que o ser humano tem para conseguir desconsiderar outros seres humanos.

Por mais que se faça, por mais sacrifícios, privações, partilhas que se façam, nada parece ter valor. O seu humano é capaz mesmo do melhor e do pior.

Sinto neste momento uma revolta imensa, é triste por mais que se faça, por mais que se lute, por mais que se caminhe, parece que é pouco, que é obrigação ter de dar, dar, dar…

Não é bom querermos ter consideração a força, mas por vezes, dar um minuto de nós… Apenas para o abraço, sabe bem…

Quando lutamos por algo, quando vemos alguém lutar e ninguém lhe dá o valor, devemos lutar contra isso, pois isso é um principio de vida que todos devemos ter.

“Quando eu te dou o meu tempo, eu estou dando uma porção da minha vida que eu não vou ter novamente. Então não deites fora.”

Vale a pena Pensar nisto

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Onde está um português, jamais estou sozinho!!!


Tive uns dias de loucos esta passada semana. Mas dentro de todo o azar, e de todos os imprevistos, conheci uma realidade que muito sinceramente nunca pensei ser assim.

Estou a falar dos nossos Emigrantes, devido a problemas técnicos no “Céu”, que é gerido pelo S. Pedro, fiquei retido em França, e tive o prazer de rever velhos amigos e conhecer gente nova.

E fiquei muito surpreendido com o que vi e senti, e não me refiro a cidade, mas sim ao calor humano, que os portugueses e em especial os portugueses Emigrantes têm.

Desde o primeiro minuto ao último senti-me bem, senti-me como se tivesse em Portugal, junto com todos os que gosto.

Dos amigos estamos sempre a espera de sermos bem recebidos, de ter sempre a espera um abraço e um bom copo do nosso vinho, mas dos estranhos nunca sabemos o que esperar… O que esperamos?

Fui muito bem recebido pelos amigos, muito mesmo… Fiquei a sentir um bocadinho o que é estar longe, o que é sentir saudades de verdade. Mas o que me deixou realmente feliz, e com vontade de gritar aos sete ventos que os portugueses são os melhores do mundo, e acreditar no nosso povo, foi a maneira como fui recebido por pessoas que nunca tinha visto.

Acho que descobri de novo o valor do nosso povo, a nossa alma nobre; de povo de carácter, solidário, e mais que tudo com uma capacidade de saber receber e acarinhar.

Meus amigos, tenho a certeza que mais nenhum povo sente com a intensidade que nós sentimos.

Pois bem, no meio de todo o azar, acho que valeu a pena tudo isto ter acontecido, para definitivamente voltar a acreditar, e voltar a sentir o pulsar dentro de mim, que vale a pena lutar sempre pelos portugueses.

Porque meus amigos: onde está um português, jamais estou sozinho…