terça-feira, 30 de novembro de 2010

Mar Português

Faz hoje 75 anos que a língua portuguesa viu partir um dos seus mais sublimes representantes. Pessoa deixou ao mundo um legado incomparável e intemporal, que se torna objecto de reflexão numa altura conturbada e de crise. Já dizia Pessoa em 1934, no seu livro Mensagem:

“Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma nao é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu”

Os tempos mudam, mas os portugueses continuam agarrados aos velhos do Restelo. Não é fácil aceitar as mudanças que se adivinham, mas como diz o nome deste blog ,“olhamos em frente”, e talvez com a firmeza e determinação que caracterizaram os navegadores que dobraram o Bojador, e enfrentaram o Adamastor, que toma agora o nome de FMI, e de recessão, seja possível encontrar uma saída para a crise.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Violência social pode vir dos desempregados - in "economico.sapo.pt"

Muito boa tarde,

Depois de uma conversa muito construtiva com alguém que muito admiro, tenho de reconhecer algum excesso num dos meus artigos, onde falo da fuga de impostos, referindo em especifico prestações sociais. Ao fim de muita reflexão e dos argumentos que essa pessoa que falo usou, e ao fim de ler este artigo, vejo que as baterias devem ser mudadas de direcção. Mas como disse e volto a dizer, também é nas pequenas coisas que se vê as grandes. Por isso, e dando o braço a torcer, penso que o que escrevi relativamente as prestações sociais, não está de todo errado, talvez um pouco exagerado. Em suma, DOU O BRAÇO A TORCER, mas acredito no que disse no meu post.

Um abraço


"Edmundo Martinho diz que as maiores fraudes não vêm dos pobres e até implicam consultores.

O presidente do Instituto de Segurança Social rejeita a ideia de alarme social, mas não nega que a situação social que vivemos pode redundar em violência a prazo, "não por parte dos mais pobres, que sempre viveram em situação de carência, mas daqueles que já tiveram uma vida equilibrada e agora se vêem privados daquilo de que já desfrutaram". Lembra mesmo que "é preciso não esquecer que metade dos cerca de 600 mil desempregados, perto de 300 mil pessoas, não têm já direito a subsídio e isso é preocupante".

Edmundo Martinho, coordenador nacional do Ano Europeu de Combate à Pobreza e à Exclusão Social, foi o orador convidado da sessão de encerramento do ciclo de seminários sobre "Pobreza e Exclusão Social", promovido pelo Montepio.

Existem 2.200 sem-abrigo

O presidente do ISS também revelou o cálculo mais recente do número de sem-abrigo existentes em Portugal: 2.200. Na opinião de Edmundo Martinho, torna-se "mais barato resolver os seus problemas do que tratá-los [associados a doenças mentais, estupefacientes e estruturas familiares estilhaçadas]",

Edmundo Martinho lamenta que, até agora, os apoios atribuídos aos sem-abrigo não tenham conseguido erradicar este flagelo social. "Temos um conjunto de experiências no terreno", as quais esperamos que produzam resultados, mas há divergências entre as instituições.

"Demorámos seis meses só para definir o conceito de sem-abrigo", observa ainda o presidente do ISS. "Para muitas entidades, quanto mais difuso for o conceito de sem-abrigo melhor, mais expandido será o seu raio de acção e o seu ‘mercado'", salienta.

Importância dos apoios sociais

Ao nível dos apoios sociais, o especialista afasta a ideia, enraizada na sociedade, relativa ao elevado grau de fraude no Rendimento Social de Inserção (RSI), limitado a um máximo de 190 euros por pessoa, e aponta o dedo a outro tipo de apoios, como o subsídio de doença, o qual não tem ‘plafond'.

Edmundo Martinho descreve um caso, do seu conhecimento, relativo a "um grupo de sete/oito pessoas que, habilmente, criou várias empresas. Numas eram trabalhadores por conta de outrem e noutras gerentes. Nas primeiras, auferiam salários de 20 a 25 mil euros mensais. A empresa declarava as remunerações mas, efectivamente, não as pagava. Uma dessas pessoas apresentou um pedido de subsídio de maternidade de 60 mil euros mensais. Fomos averiguar e desmascarámos a tentativa de fraude. A senhora era administradora em três empresas e trabalhadora noutras três e ganhava 20 mil euros por mês em cada uma delas. Quem faz isso não são os pobres, mas pessoas com qualificações e apoio jurídico. Alguns até utilizam consultores", concretiza.

Edmundo Martinho admite que possam existir abusos no RSI mas não com a dimensão que é geralmente apontada. O especialista diz que preferia que os apoios fossem prestados "directamente à família como um todo, em função de um patamar estabelecido como objectivo", em vez de serem dados aos indivíduos. A bem da "racionalização dos apoios públicos".

Eduardo Melo
28/11/10 09:02 "

domingo, 28 de novembro de 2010

ALGUMAS/ FRASES/ ALGUNS/ TEMAS/ PORÉM/ DESABAFOS

«SINTO-ME DESANIMADO»

Este estado de espírito reflecte-se em mim já há algum tempo, e isto não é bom! E não é bom porque se um jovem como eu, que se considera responsável por uma ínfima parte do futuro deste país e que tem um gosto elevadíssimo por aquilo a que se chama política se sente desanimado com o país real, então meus amigos parece-me a mim que as estruturas políticas para a juventude (JS, JSD, JCP, JP, etc..) e principalmente as garantias políticas para o futuro poderão vir a deparar-se com um grave decréscimo de filiações e de gente interessada e activa na política local, nacional ou até mundial. E a descredibilização dada pela grande maioria ao actual governo Sócrates e à insuficiência política feita por parte da oposição do PSD de Passos Coelho não ajudam em nada e correm-se sérios riscos de afastar os “futuros capazes” que deveriam entrar em cena daqui a três ou quatro gerações. Sinto-me especialmente desanimado porque toda esta situação que vivemos despertou em mim um lado com uma visão pouco social, pouco ética talvez, mas um lado que é meu e que deveria ser de todos. Toda esta situação que me desagrada, aliás, que me revolta é o centro épico para esta questão ténue que se tem manifestado à escala mundial, principalmente em França, Grécia e recentemente o Reino Unido. E isto torna-se num jogo como uma bola de neve que cresce à medida que vai descendo a montanha. Se eles perderam a ética e o respeito porque não posso perdê-la eu que sou o principal afectado?

«ISTO É CHATO, PORRA!»

Veria muitas outras frases, e às tantas bem piores, para iniciar este desabafo! No entanto acho que não pode haver nada pior do que ser chato e quando se é um «chato, porra!», então aí é sinal de que a situação pode estar realmente brava e até desumana.
Dando seguimento ao desabafo anterior, que aborda a sobrevivência da política jovem e que tem como inimigo nº1 os últimos manifestos dos vários movimentos estudantis, confesso-vos uma coisa: sinto que estou realmente farto! Farto de um governo em quem eu votei com a maior das confianças, farto de um governo que quase tudo fez pelos jovens num 1º mandato, e que de repente, retirou tudo o que tinha até então e o que lhe foi acrescido posteriormente.
Sinto-me desprotegido, sem tecto e muito mais do que isso. Sinto pela primeira vez na minha vida o verdadeiro significado de cada vez que pronuncio a palavra - pobre, mesmo sabendo que haverá muitas e muitas pessoas em pior situação! E isso assusta-me ainda mais!

- A refeição diária nas cantinas dos Serviços de Acção Social da Universidade de Coimbra (SASUC) terem subido de 2,15€ do ano cessante para 2,40€ no actual ano lectivo (2010/2011) – ISTO NÃO É CHATO?
- A propina anual ter sido aumentada em mais de 6€, atingido o valor exorbitante de 1006€ anuais - ISTO NÃO É CHATO? POIS NÃO, É VERGONHOSO!
- Os serviços académicos serem pagos! (Por exemplo, a inscrição para exames de melhoria de anos anteriores ter subido de 3 para 10€ do ano lectivo passado para o actual) - NÃO É ALGO REALMENTE CHATO?
- O facto de termos estado anos a pagar rios de dinheiro e chegarmos ao fim e ainda termos de pagar mais uma exorbitante quantia para nos ser dado um diploma que não é mais do que um papel e que é nosso por direito – ISTO NÃO É CHATO?
-O decreto 70/2010 já ter penalizado 15 mil estudantes e ter como intenção prejudicar um total de cerca de 25 mil na atribuição das bolsas de estudo - ISTO NÃO É MUITO CHATO, PORRA?

«TENHO ESPERANÇA?»

Os “futuros capazes” a quem me referia à pouco, são obviamente aqueles que não olham só para o seu próprio umbigo, aqueles que têm uma visão abrangente e que credibilizam a palavra ostensiva e verdadeira das pessoas e não dos partidos, aqueles que não sustentam os mais que famosos “tachos”, mas sim que defendem uma política ultra-partidária, aqueles que adoptam uma política que saiba sempre manter as distâncias ideológicas de cada partido (por isso existem tantos e com tantas diferenças) mas mantendo sempre uma governação baseada na gestão unitária que afinal de contas é nisso que os portugueses votam. Sim, porque não são os “55%” do PS num ano ou os “55%” do PSD passados 4 anos que contam.
 Os Portugueses fazem exactamente isso - votam - e posteriormente elegem aqueles em que mais acreditam e em quem depositam a sua confiança por acreditarem que este ou aquele partido tem pessoas com ideias de governação semelhantes às suas, e é por isso que mais de 10 milhões de portugueses elegem 230 deputados de diferentes partidos. É, portanto, imperativo que a maioria eleita para governar perceba a função dos restantes presentes e que percebam quão mais profícua poderá ser a sua governação se ouvirem as ideias de todos, saberem o que podem aprender em novas áreas criando uma mesa de discussão aberta. Mas isto não é tudo, aliás isto é o menos importante.
Neste sentido e contrariando o ditado popular, aqui penso ser mais importante saber falar do que saber ouvir. Quero com isto dizer que temos um gravíssimo problema por parte da oposição, principalmente da oposição central (PSD) que se descompromete constantemente de responsabilidades, tendo como objectivo claro a injúria ao governo e o contínuo assalto ao poder. Quando é que Passos Coelho e os restantes lideres das bancadas parlamentares (e o mesmo se aplica ao PS quando estiver do lado de cá) se vão mentalizar que a ofensa intercalar não resolve os problemas internos e externos de um país? Quando é que os mesmos lideres se vão mentalizar que se o povo votou em x para os próximos 4 anos o trabalho que têm a fazer é colaborar e dinamizar conteúdos e não afectá-los ou dissolvê-los?

Tenho esperança? Tenho claro esperança, não fosse eu Português!

Abraço,
Luís André Sá

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Sê um JOVEM activo

DiVERte-Te CaNTa DaNçA
Ri-te mesmo que mais ninguém se ria
DeFENde aS TuAs CONviCÇõES InTerVEM
DeSENha pINta Faz de PoetA E eMociONA
Olha a sociedade à tua volta e diz o que vês
ViAJa Pelo MUNDO Ou EntÃo PelA Mente
PartilHA Experiência REais OU ImaGInáriAS
Divulga a cultura e sugere actividades
FAla De Um LiVRO Ou FilmE SenTe FaZ VIVe
EXPRESSA-TE SEM MEDO e escreve porque sim


UMa MenSaGem De ANdré LaceRDA

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

“GREVE” PARA QUE SERVES?


"Não me alegras, mas conquistas..."

Esta frase que ouvi durante o dia de ontem, foi provavelmente a que mais se encaixou nesta “Greve”.

Não nego o direito a Greve, e acho que se deve lutar por aquilo que acreditamos, mas temos de ter em atenção, os momentos em que se fazem as greves e os motivos e acima de tudo aqueles que as lideram.

Nesta Greve quem esteve mais presente em todo o processo, fora a UGT e a CGTP? A classe portuguesa que mais benefícios têm os “funcionários públicos ”. É irónico que quem lidera é quem mais beneficia e mais protegido está. Como li num artigo, quando um funcionário de uma empresa é despedido vai para o fundo de desemprego, e tem de procurar novo emprego, no caso dos “funcionários públicos”, vão para o desemprego? Nada disso, vão para o quadro de mobilidade.

Apesar de não serem necessários a “máquina”, não são dispensados. Porque têm uma membrana protectora? Temos um país de filhos e enteados?

Os sindicatos como a GCTP e a UGT, são outro dos problemas deste país, são forças de bloqueio a modernização do país, das leis laborais, e do aumento de produtividade que tanta falta faz a este país. Como alguém disse “A UGT e a CGTP são fábricas de desemprego.”. A lei laboral tem que proteger o emprego, a produtividade, a criação de novas impressas, e defender os trabalhadores, e não defendes sempre os mesmos interesses.

As “Greves” devem servir para alterar o que está mal, e para proteger os nossos direitos e nunca o contrário.

Mas porque não fazer uma greve contra, os direitos “manhosos”, que a função pública detém, e contra aqueles que dentro na mesma são um encosto e um peso para a Nação, que nada fazem e que nada produzem, e apenas lutam por manter a barriga gorda de anos e anos de “trabalho” em favor de si próprios.

Uma “Greve” contra os poderes instalados destes sindicatos ultrapassados e se cada vez mais estão ligados a lobby, e minorias radicais que nada querem em favor do Povo português mais sim dos seus interesses.

Como disse no inicio, está greve não me alegra, mas conquista, pois mostrou-me o que mudar e quem são os alvos a abater. Porque esta greve e os prejuízos que ela causou, alguém os vai ter de pagar e “estes” são a minha geração e as futuras gerações.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Não há almoços grátis

Em economia costuma-se dizer que não há almoços grátis. Há almoços que nos saem grátis a nós, mas alguém os tem de pagar, a bem ou a mal. Hoje dia 4, dia da greve geral, aconteceu a mesma coisa. Enquanto uns tentam ter mais uns almoços grátis, sou eu e a minha geração à rasca, quem os vai ter que pagar

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Banco Alimentar: Campanha de Recolha de Alimentos

O Banco Alimentar contra a Fome iniciará a próxima Campanha de Recolha de Alimentos em supermercados e superfícies comerciais nos dias 27 e 28 de Novembro de 2010 no distrito de Viseu.
Decorrerá, em simultâneo, a Campanha “Ajuda Vale”, que permite a recolha de alimentos sob a forma de vales que representam produtos básicos à alimentação e que se prolongará até dia 5 de Dezembro.

Para seres voluntário, clica aqui.
Para fazeres um donativo, clica aqui.

Mais informações:
Tel: 232 470 290




Alimenta esta ideia! Participa!

domingo, 21 de novembro de 2010

Conhecimento

"Conhecimento é o ato ou efeito de abstrair ideia ou noção de alguma coisa, como por exemplo: conhecimento das leis; conhecimento de um fato (obter informação); conhecimento de um documento; termo de recibo ou nota em que se declara o aceite de um produto ou serviço; saber, instrução ou cabedal científico (homem com grande conhecimento).

O tema "conhecimento" inclui, mas não está limitado a, descrições, hipóteses, conceitos, teorias, princípios e procedimentos que são ou úteis ou verdadeiros. O estudo do conhecimento é a gnoseologia. Hoje existem vários conceitos para esta palavra e é de ampla compreensão que conhecimento é aquilo que se sabe de algo ou alguém. Isso em um conceito menos específico. Contudo, para falar deste tema é indispensável abordar dado e informação."

In Wikipédia


sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Vamos ser todos Bufos.


Estava eu aqui nas limpezas,… Limpezas mesmo, de pano e aspirador…

Pensava eu num artigo que li num blog, de seu nome “Altauniversitaria ”, dá autoria de Pedro Baldaia, e em seguida vi os 60 autocarros que a associação de Estudantes de Coimbra levou para Lisboa, e pensei “Onde anda a crise para aqueles lados?”, eu não estou contra, muito pelo contrário acho que os estudantes devem lutar pelos seus direitos.

E meus senhores e minhas senhoras, apareceu uma luz na minha mente, e perguntam vocês qual? Meus caros estudantes, vamos ser todos Bufos, daquelas pessoas mesquinhas, ordinárias, que têm bolsa sem terem direito. Aqueles que vão para a faculdade de BMW, Mercedes e afins, aqueles que vestem melhor do que qualquer um, e daqueles que têm alguma coisita, e não têm direito a nada. Aqueles que ocupam camas das residências, sem terem direito.

Mas isto sou só eu a pensar alto, não sei se terei razão. Mas se acham que tenho, VAMOS TODOS SER BUFOS, VAMOS TODOS ACUSAR QUEM NÃO TEM DIREITO, e estão a tirar lugar aqueles que realmente merecem, vamos tramar os “Chico-Espertos” que pensam ser mais espertos que o sistema.

Acho que é melhor que ir para Lisboa.

PS: “Será que metade - eu não vou ser mau, e vou só dizer 50 % - sabia realmente ao que ia? – Fica a pergunta.