A China é uma poderosa máquina, onde o seu desenvolvimento salta a olhos vistos.
Trata-se de uma impressionante potência que deveria merecer do Ocidente todo o cuidado possível e as medidas adequadas para que num futuro muito próximo não consiga, como se diz na gíria popular, “engolir” a indústria dos países ocidentais.
Não se trata apenas do comércio local que abunda por esse país fora, e pelo mundo também, que tanto tem cerceado a nossa capacidade produtiva. Trata-se também de travar o gigantismo em que a indústria chinesa se está a tornar.
Para se ter uma ideia do que se passa na vida chinesa, vou usar partes de um artigo da revista “Nacional Geografic ”:
- cria-se uma cidade em 13 meses com blocos de apartamentos ficando os pisos térreos para lojas e pequenas fábricas de componentes.
- o lema da governação da cidade de Lishui é: - cada pessoa trabalha por duas – o trabalho de dois dias é feito em apenas um.
- 140 milhões de chineses deixaram seus lares rurais para se juntarem à força urbana; calcula-se que nos próximos cinco anos esse número aumente em mais 45 milhões.
- num anúncio afixado à entrada de uma fábrica pode ler-se a seguinte oferta de emprego: 1) – com 18 a 35 anos, escolaridade média completa – 2) – boa saúde e boa qualidade – 3) – atentos à higiene, dispostos a sacrifícios e a trabalhar no duro.
- em 2002 Lishui começou a construir uma zona industrial num espaço de 14,5 Km2; em 2006 perto de 200 fábricas já produziam, tendo atraído 30 mil trabalhadores.
- em Lishui o salário mínimo ronda os 30 cêntimos por hora o que significa que em 8 horas de trabalho rende 2,40 euros e numa semana de 6 dias tem direito a salário de 14,40 euros.
- o que não falta na China é “mão-de-obra-não-qualificada”.
- um dos centros comerciais tem 30.000 lojas. Se passar 1 minuto em cada loja num espaço de 8 horas por dia, sairá de lá dois meses depois.
- Em Datang produz-se 1/3 das peúgas fabricadas no mundo; em Songxia produzem-se350 milhões de guarda-chuvas; em Shenzhou são manufacturadas 40% das gravatas de todo o mundo.
Estas são apenas algumas pequenas amostras do que se passa num país que muito em breve poderá dominar o mundo económico tal é a rapidez com que se desenvolve. Além disso, não precisam de qualificação profissional para poderem produzir em massa.
Como diz o artigo citado : “Na auto-estrada do progresso, a China ignora os limites de velocidade”
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