segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Entrevista de Cátia Oliveira a André Lacerda



1. “Tendo em conta” que é muito jovem, quando surgiu o seu interesse pela vida Política?


Na minha opinião qualquer pessoa é um ser politico embora uns participem activamente e outros passivamente e outros nem o sabem mas são.

Acho que tudo começa na nossa educação familiar e no meio em que estamos inseridos pois apesar de não ter directa nem indirectamente familiares ligados à politica, sempre tive em casa uma forte educação no sentido de debate argumentativo sobre situações do dia-a-dia e de tomar posições e criticar os mais diversos assuntos políticos, sociais, económicos, etc.

Assim, para puder de uma forma responsável criticar os políticos sinto me moralmente obrigado a participar activamente na vida politica e dar o meu contributo.

E mais especificamente, eu provenho de um concelho do interior onde todos os dias a Câmara Municipal (há 6 mandatos com o mesmo presidente PSD) ameaça e discrimina a liberdade da população de Sernancelhe. E isso criou em mim uma vontade de melhorar a vida dos Sernancelhenses.

2. Acha que as camadas jovens, de uma forma geral, se interessam pela vida política?

De uma forma em geral, ninguém se interessa pela vida política, apesar de eu pensar que participar activamente na sociedade e na política não é um direito mas sim um dever de todo e qualquer cidadão responsável.

Actualmente, os jovens e a população em geral estão cada vez mais desacreditados com a política que se pratica no nosso país e muitas vezes com certa razão. Mas como eu já disse, quem é que pode estar desacreditado com a política se não se participa nela?

Eu acredito na juventude e acredito que a irreverência de se ser jovem faz o mundo evoluir e em Portugal há muitos mundos e mentalidades por evoluir. Por isso acredito no poder dos jovens e apelo sempre à sua participação para criarmos um mundo melhor havendo muitas formas de estes darem o seu contributo.

3. Esse desinteresse dos jovens pela vida política deve-se a que factores?

Essencialmente, acho que a política está muito mal vista. Há demasiada corrupção, jogos de interesses, mentiras, falta honestidade e verdade.

Assim as pessoas cada vez mais caminham para um sentimento de descrédito pois a situação do país e do mundo cada vez piora mais e os jovens são muitas vezes prejudicados pois existem menos apoios sociais, cada vez se paga mais pela educação (propinas), há menos apoio à inserção social e inicio de vida, mais desemprego e precariedade de trabalho. Este estado social leva a que os jovens tenham instabilidade familiar e profissional e que cada vez casem mais tarde, tenham filhos mais tarde etc.

Assim torna-se difícil acreditar na vida política e cada vez mais fácil desinteressar-se por uma actividade que só os desilude.

A entrevista continua mas é demasiado extensa para ser publicada de uma só vez e achei interessante publicar as partes que mais se adaptam ao propósito deste blog.

1 comentário:

  1. Boas, gostei da entrevista. Onde posso ver a entrevista completa? abraço

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